quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011


Uma onda de protestos tem assombrado o Egito desde o ultimo dia 25, quando milhares de egípcios fizeram uma mobilização pela internet e se reuniram na Praça Tahrir, no centro do Cairo. Essa revolta tem acontecido porque a população quer forçar a saída do atual chefe de estado Hosni Mubarak. O país de 80 milhões de habitantes, o mais populoso do mundo árabe, é governado há 30 anos por Mubarak, de 82 anos.

O povo acusa Mubarak de corrupto, repressivo, de fraudar eleições e de ser o responsável pela pobreza e desemprego do país.
Os protestos têm acontecido nas principais cidades egípcias, o que é uma espécie de desafio para o governo que impôs a população toque de recolher , bloqueio de telefonia e da internet. Ainda assim, os egípcios ocupam em massa à praça centralque tem sido patrulhada por tropas do Exército, enquanto a polícia vigia outros pontos da cidade. Segundo estimativas da ONU cerca de 300 pessoas já morreram nos confrontos. O presidente, que sempre teve apoio das Forças Armadas, vem sendo pressionado por reformas políticas há alguns anos. Ele chegou a convocar eleições, em 2011, para a Presidência. Para analistas, sua intenção seria passar o governo ao filho, Gamal Mubarak, de 47 anos.
Em resposta aos protestos o presidente Mubarak disse que não irá tentar sua reeleição em setembro, mas que também não irá sair do poder imediatamente como os manifestantes querem. Sua saída do poder será após as próximas eleições. Mubarak afirmou que reformaria a Constituição e que dedicará o restante de seu tempo no poder para que haja uma transição pacífica para quem o substituirá no cargo. Mas para Mohamed ElBaradei, um dos possíveis substitutos de Mubarak, essas declarações não passam de uma saída para se manter no poder.





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