terça-feira, 23 de novembro de 2010

Erros cometidos no Enem 2010 causam revolta em estudantes


Tensão, incerteza,decepção e insegurança são alguns dos sentimentos vividos por boa parte dos 3,3 milhões de estudantes que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O evento foi marcado por problemas de organização e erros na impressão do caderno de respostas. São falhas que acontecem pelo segundo ano seguido. Entre todos os relatos, um fato recorrente: a confusão ocorrida no sábado, o que pode ter induzido muitos estudantes ao erro. A estudante Polliana Ribeiro levou o ano todo se preparando, para ela, é frustrante depois de todo o esforço que fez para realizar as provas, assistir na TV a possibilidade do cancelamento do exame que atua como porta de entrada para a universidade. “Eu deixei de acreditar no Enem, acho que muita gente também perdeu a confiança.Já num era lá essas coisas por causa do escandalo do ano passado né", afirma. Segundo Polliana esse tipo de problema faz com que o exame percaa credibilidade. "O aluno passa o ano inteiro estudando, se dedicando para uma prova, criando uma expectativa. Mas assim, só gera desgosto", completa.

Ouça abaixo trecho da entrevista com a estudante Polliana Ribeiro.

sábado, 13 de novembro de 2010

A Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) irá promover o seminário “Riscos da Desindustrialização no Brasil”.

O evento que acontece no dia 22 de novembro, em Belo Horizonte (MG), tratará de questões sobre o fantasma que tem assombrado a economia brasileira.

A desindustrialização é a perda da indústria na produção total do país e a redução da quantidade de vagas de emprego total na indústria. Esse processo de desindustrialização, segundo economistas, teve origem na segunda metade dos anos 80, com a crise da dívida externa, e foi aprofundado pela inflação que estava nas alturas, e por políticas que tentavam combater a escalada dos preços. Dentre os motivos que levaram o país a chegar a tal ponto está à crise da altíssima inflação da década de 80 e o processo econômico do governo Collor, que liberou as importações nos anos 90. O efeito das duas situações acabou reforçado pelas altas taxas de juros e pela carga tributária nas alturas dos últimos vinte anos. Entre as características dessa desindustrialização estão a valorização da moeda brasileira, a perda relativa da indústria na formação do Produto Interno Bruto (PIB) e na geração de emprego, alem do forte crescimento das importações. A taxa atual de câmbio no país é muito desfavorável para os que dependem das vendas externas, pois perdem à medida que recebem menos reais pelos dólares que ganham nos negócios feitos fora do país. Uma saída para isso seria aumentar os preços em dólares, o que leva a redução da competitividade de seus produtos contra a concorrência internacional. Já as indústrias que se dedicam mais às vendas dentro do país também são afetadas, porque com o dólar desvalorizado o mercado tende a importar produtos mais baratos que os similares nacionais pela relação de cambio favorável. Para que o Brasil consiga sair desse buraco o governo pode recorrer a artifícios, como reduzir os tributos para a indústria o que tornaria o preço dos nossos produtos mais competitivos no exterior, reduzir a taxa básica de juros, que absurdamente é a maior do mundo, ela atrai muitos dólares para o país, e o excesso de dólares torna nossa moeda mais valorizada.